«Se eu for o problema, se o Benfica precisar de um treinador para fazer substituições como os adeptos querem, não há problema, eu saio», disse o treinador depois do empate com o Farense
Roger Schmidt lançou, no final do jogo com o Farense, a discussão sobre a possível saída do Benfica.
O treinador alemão explicou que não tolera comportamentos como o que os adeptos assumiram, quando contestaram duramente treinador e equipa, durante e no final do encontro. E disse também que se o caminho for a saída, será.
«Vou pensar no que aconteceu esta noite e, honestamente, se eu for o problema, se o Benfica precisar de um treinador para fazer substituições como os adeptos querem, não há problema, eu saio. E depois outro pode substituir-me e se calhar será melhor do que antes, veremos. Se eu sou o problema darei espaço para outro treinador melhor do que eu, costumo dizer que tenho de ser bom treinador, porque o Benfica é um grande clube e se não sou bom o suficiente então saio. É muito fácil e é algo em que irei pensar», disse o alemão.
Uma grande questão nasce, pois, destas declarações. Quanto custaria ao Benfica a saída de Roger Schmidt? A BOLA explica-lhe: se o técnico decidisse sair pelo seu pé e contando com a concordância do Benfica, então não haveria lugar a pagamento de qualquer tipo de indemnização.
Se, por outro lado, o treinador colocasse o lugar à disposição e o Benfica efetivasse a rescisão, então teria de haver lugar a pagamento do contrato. Seria o mesmo que um despedimento puro e duro por maus resultados.
A 31 de março, Roger Schmidt renovou contrato com os encarnados até 2026, com considerável aumento salarial: passou a receber aproximadamente €4 milhões líquidos por temporada, ou seja, 12 milhões de euros em três anos de vínculo com as águias. Dessa forma, e tendo em conta a moldura fiscal existente em Portugal, o Benfica está obrigado a pagar cerca de 24 milhões de euros por três temporadas do treinador alemão.