Estava a correr tão bem: conheça o plano especial de St. Juste antes da sexta lesão no Sporting
Central holandês revezava jogo a titular com condição de suplente utilizado até atingir o ponto ideal.
A sexta lesão de St. Juste como jogador do Sporting – uma entorse no tornozelo esquerdo, que pode recordar aqui – não é, segundo Rúben Amorim, um problema estrutural do central, para muitos de ‘cristal’ e que desde que meteu um pé em Alvalade já perdeu 29 jogos oficiais, fora duas pré-temporadas. Anda, sempre, a correr contra o tempo e facto é que a Unidade de Performance precisou de lhe desenhar um plano especial para fortalecer a sua condição física, plano esse que… saiu furado, obrigando o holandês a dar alguns passos atrás naquilo que parecia ser uma poção miraculosa contra os malogrados momentos do futebolista, de 27 anos.
A ideia era, após ter debelado as dores e recuperado os padrões de marcha, intercalar os jogos a titular com duelos na condição de suplente utilizado, aumentando, sempre, os minutos de jogo… até segunda-feira. O ponto ideal estava cada vez mais perto – ora veja pela tabela abaixo!
Depois de 81 minutos na Taça de Portugal – a estreia oficial na presente temporada -, diante do Olivais e Moscavide, o grande teste à capacidade de superação do central após quase meio ano de paragem, ‘Jer’ saltou do banco no Bessa para atuar 22 minutos, condição que repetiu na receção ao Estrela (31 minutos), na visita à Luz (33′) e recentemente diante do emblema minhoto (22′). À exceção do embate da 12.ª ronda, onde saiu lesionado, Amorim carregou sempre no tempo de jogo, tal como aconteceu quando o colocou de início: 55 minutos diante do Farense, 69 diante do Raków e 81 minutos frente à Atalanta. Num piscar de olhos, St. Juste sorria, os seus colegas sorriam, mas um carrinho junto à linha de fundo, acabou por deixar em ‘stand by’ todo este trabalho.
Tempo de paragem ditado pela resposta aos tratamentos
Numa altura em que o departamento médico ainda (re)analisa a condição do defesa, sabe já que, pelo menos, St. Juste dificilmente será opção no clássico de dia 18, em Alvalade, com o FC Porto, a contar para a Liga (14ª ronda). Não irá, contudo, forçar qualquer regresso precipitado do futebolista, que lembra o ortopedista Artur Pereira de Castro, ex-quadro dos leões, enfrenta uma lesão que nada tem a ver com o seu historial clínico. Ainda não arrisca ‘timings’…
“É muito difícil falar sem ver o jogador por isso só posso esclarecer o tratamento: a entorse na tibiotársica de grau 1 pode demorar no máximo duas semanas e, no caso de ser um grau 2, pode chegar às três – é o mais vulgar. Se for de grau 3, é tudo mais demorado, pois pode mesmo envolver uma intervenção cirúrgica. O tempo de recuperação varia sempre de acordo com a evolução aos tratamentos”, explicou a Record o clínico, que concretiza: “Parece-me, contudo, ser uma entorse ligeira e aqui o historial clínico do jogador não tem qualquer peso, pois trata-se de uma lesão traumática que nada tem em comum com as lesões ligamentares que o atleta sofreu.”
Mensagem foi transversal: não desistas!
O momento não é de alegria, mas carinho não faltou, apurou o nosso jornal, a ‘Jer’, que teve em Rúben Amorim um importante apoio nos momentos após a receção ao Gil Vicente. O treinador pediu, apurámos, ao jogador para não desistir, prometendo continuar a esperar por ele e vincando que ainda terá um papel importante numa época… de tudo ou nada.
Os companheiros de balneário versaram com o discurso do seu comandante e transmitiram palavras idênticas ao holandês, que vai agora regressar à sala de tratamentos, tendo também o gabinete de psicologia do Sporting aberto para aliviar a mente.