Num dia em que o treinador do Rosario Central voltou a abrir-lhe as portas do clube, Ángel Di María frisou que sonha com o regresso ao emblema que o lançou. Mas o campeão do Mundo lembra que, pelo menos até final da temporada, continua a ser jogador das águias. “Estou tranquilo e à espera que o contrato com o Benfica termine para ver o que faço”, revelou, à SportsCenter ESPN.
“A verdade é que estou muito feliz. Escolhi voltar ao Benfica, foi algo que me fez muito bem, era um sonho que tinha, de poder voltar ao clube que me abriu as portas da Europa. E depois por estar lá o Nico [Otamendi], com quem tenho uma grande relação. Estamos a passar um ano espetacular juntos. As coisas estão a correr bastante bem, estamos a lutar por tudo. A família também está muito bem e isso é importante”, confessou.
Sobre esse regresso que o emblema tanto anseia, El Fideo revela-se “tranquilo”, mas admitiu: “Estou muito atento a tudo [do Rosario Central]. É sempre um sonho poder voltar. Já o disse e vou dizer sempre. Mas estou tranquilo. Ultimamente tenho estado a ver tudo o que está a acontecer em Rosario [onda de violência], algo que influencia em tudo, pela família. Tenho os meus pais lá, as minhas irmãs e todas as coisas que têm acontecido afetam muito. Acho que essa vontade e a expectativa [de voltar ao clube] existem sempre. Também estive a ver o sorteio da Libertadores. Mas estou tranquilo e à espera que o contrato com o Benfica termine para ver o que faço.”
Di María, concentrado com a Argentina, revelou também que mantém conversas com Miguel Ángel Russo, treinador do Rosario Central. “Tenho uma boa relação com ele [treinador]. De vez em quando trocamos algumas mensagens. É uma pessoa muito respeitosa, é um símbolo do Rosario Central. É uma pessoa amada por toda a gente e é um orgulho poder falar com ele. Temos falado pouco, mas já disse várias vezes que me deixa feliz que ele diga isso [convidá-lo a regressar]. Estou tranquilo e à espera do que aconteça, logo veremos”, contou.
Se poderá, até, ser um reforço dos argentinos para os ‘oitavos’ da Libertadores, a disputar-se em meados de agosto? O camisola 11 dos encarnados não rejeita a possibilidade. “Há que ver como correm as coisas. O grupo na Libertadores é complicado, vamos ver o que acontece e oxalá aconteça. Também disse que era um sonho regressar ao Benfica e consegui concretizar. Este é outro dos meus sonhos, sempre disse que me encantaria terminar a carreira no Central. Continuo com isso na cabeça e vamos ver o que acontece. Sempre com tranquilidade”, respondeu. O Rosario, diga-se, faz parte do grupo G, pelo que vai defrontar o Peñarol (Uruguai), o Atlético Mineiro (Brasil) e o Caracas (Venezuela).
Copa América é o fim pela albiceleste
O experiente jogador, de 36 anos, sublinhou ainda que o Copa América será a última prova que vai disputar com a seleção da Argentina. “Já está tomada a decisão. Já o disse definitivamente: é jogar a Copa América e acaba. Já são muitíssimos anos cá [na albiceleste]. É óbvio que gostava de continuar, continuar a desfrutar, mas acho que também é hora de dar um passo para ao lado, há muitos jogadores novos atrás, com muito futuro também para dar muitas coisas lindas à seleção e acho que é o momento indicado. Terminar com uma Copa América a minha carreira na seleção penso que é perfeito”, rematou.