Renato Paiva voltou a recordar os últimos tempos passados no Benfica e o momento em que pensou poder vir a desempenhar o cargo de treinador principal.
Enquanto estive no Benfica B, fui sondado por vários clubes de Portugal. Mas o presidente [Luís Filipe Vieira] não permitiu que eu saísse. Ele sempre dizia que eu seria o substituto de Bruno Lage na equipa principal», escreveu, num longo depoimento ao The Coaches Voice
Acontece que quando Lage saiu, o clube optou pelo regresso de Jorge Jesus. Naquele momento, senti que precisava seguir o meu caminho. As portas do futebol profissional do Benfica pareciam fechadas para mim», explicou.
Benfica: «O presidente dizia sempre que eu seria o substituto de Lage»
Renato Paiva voltou a recordar os últimos tempos passados no Benfica e o momento em que pensou poder vir a desempenhar o cargo de treinador principal.
«Enquanto estive no Benfica B, fui sondado por vários clubes de Portugal. Mas o presidente [Luís Filipe Vieira] não permitiu que eu saísse. Ele sempre dizia que eu seria o substituto de Bruno Lage na equipa principal», escreveu, num longo depoimento ao The Coaches Voice.
«Acontece que quando Lage saiu, o clube optou pelo regresso de Jorge Jesus. Naquele momento, senti que precisava seguir o meu caminho. As portas do futebol profissional do Benfica pareciam fechadas para mim», explicou.
O ex-treinador do Bahia lembrou ainda a forma como chegou ao Benfica: «Abriu uma vaga no Benfica para o departamento de scouting na formação. Não era para ser treinador. A função era observar e identificar jovens talentos para a base do clube. Mas encarei a oportunidade como uma porta de entrada. Fui contratado, mas deixei clara, desde o começo, a minha intenção de ter uma oportunidade como técnico em algum momento. Foi Bruno Lage, então treinador do sub-10 e do sub-16 do Benfica, quem me deu essa primeira chance. Ele me convidou para ser seu auxiliar técnico.»
« Quando cheguei ao Benfica, em 2004, a ideia do clube era ganhar campeonatos nas categorias de base. O objetivo era superar Sporting e Porto, exatamente como ocorre no futebol profissional», prossegue, lembrando o momento de viragem: «Quando cheguei ao Benfica, em 2004, a ideia do clube era ganhar campeonatos nas categorias de base. O objetivo era superar Sporting e Porto, exatamente como ocorre no profissional. A mentalidade só mudou depois da construção do novo centro de estágios e formação. O Benfica estava a comprar jogadores para sua equipa principal em vez de formá-los em casa.
O clube passou a querer, em primeiro lugar, lapidar talentos. Os melhores do sub-14 não precisavam mais permanecer na categoria deles para que ganhássemos a liga. Eles subiam para o sub-15, para serem desafiados e crescerem. O retorno dessa política é muito maior do que ganhar troféus na formação. Renato Sanches, Rúben Dias, João Félix, Bernardo Silva, João Cancelo, Ederson, Gonçalo Ramos… São muitos exemplos do que estou a dizer.»